Antonio Justel Rodriguez

QUANDO DE REPENTE UM VERSO




... quando de repente um verso, e única e exclusivamente um verso,
entra em você, incendeia e queima,
quando estala por sua consciência e sangue porque o agrediu e está queimando você,
e quando você sentir que sua mente está ligada,
- mas que sua mente se abra como aurora, luminosa e virgem -
e que imediatamente entra no coração para destruir e transformar tudo,
ah, nesse momento, corra, corra e voe,
procure e suba algum cume, coroe-o e levante os braços lá,
porque nesse mesmo e exato momento você terá encontrado o sinal indubitável
com a qual ungir o céu com a terra;
... um verso é um punhal, um caminho, um trânsito flamejante,
um conhecimento ou conjuração de forças infinitas, mutantes e bárbaras;
um verso pode ferir ou matar, transfigurar,
ou abrigar as chaves lúcidas de todas as fronteiras, todos os abismos, portas e rios,
todas as pontes, todos os istmos e ilhas e todos os mares;
... um verso assim, não, não é um homem nem uma mulher, nem um povo, nem uma síntese com o sangue de mil raças,
pois antes de pulsar e tocar o plasma fervente de todas as galáxias com todos os seus planetas;
e, no entanto, e contra você, caro ouvinte ou leitor, caro amigo ou caro amigo,
você pode ouvi-lo berrar ou gemer em lágrimas profundas
no exato momento em que você desiste depois de ter caído;
Bem, aquele, aquele verso, aquele gênio com um coração liso e uma mente incomparável,
pode matá-lo ou transformá-lo em uma canção suprema ou uma enorme ode de um grito de alegria:
a transubstanciação do ser com seus chlamys imortais,
sua lei,
 a voz de Deus,
a luz do universo.
***
Antonio Justel Rodrigues
https://www.oriondepanthosas.com
***

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Published on e-Stories.org on 17.06.2022.

 
 

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